Produzido entre Chile e Brasil, o documentário traça um paralelo entre as experiências dos dois países a partir da perspectiva da Província de Petorca, a 200 quilômetros de Santiago, e de Correntina, que fica no oeste da Bahia. Entrevistas com moradores das duas regiões, ambientalistas e políticos guiam o longa que explora as nuances econômicas e ambientais que regem as batalhas pela propriedade da água. A produção explora os efeitos da privatização da gestão da água vivida pelo Chile em 1981 e seus reflexos negativos quase quatro décadas depois.
Em Petorca, grandes empresas detém o líquido e a falta de água para irrigação de plantações e para o próprio consumo humano leva pequenos agricultores e suas famílias ao sofrimento e à ruína. Não obstante, a realidade da cidade de Correntina, conhecida como a caixa d’água do Brasil, escancara um futuro pouco distante: grandes produtores de soja já foram responsáveis por extinguir 17 riachos nos últimos 15 anos.
“O filme fala sobre o que acontece com um país em que o Estado deixa de ser o regulador e protetor dos recursos hídricos e delega essa gestão às empresas privadas. Essa imagem, esse microcosmos exibido no filme, o que acontece na província Petorca, representa simbolicamente as mesmas condições na qual o planeta se encontra: uma grande concentração de riquezas nas mãos de uma minoria, enquanto a grande massa vive endividada, ou na pobreza”, enfatiza Daniel A. Rubio.
Em suma, o longa traz para reflexão o fato de que só há transformação social e garantia de políticas públicas democráticas e efetivas com muita luta política e apoio popular. Assista ao trailer de “O Verde está do outro lado – Os donos da água”.
Página Inicial / Sem categoria / O VERDE ESTÁ DO OUTRO LADO – OS DONOS DA ÁGUA, um filme de Daniel A. Rúbio